Filho Pródigo - Tempos Modernos

(baseado nos escritos bíblicos:Lc 15.11-32)

Personagens:

Pai: Sr. Carlos
Filho Pródigo: Leonardo
Irmão: Henrique
Empregada: Maria
Falsos Amigos: Tadeu, Roberto, Paulo,
Gisele, Vanessa, Camila e Marta.
Anjo
Pastor: Pedro

Ato 1
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Cena 1

Passa-se no quarto de Leonardo. Ele está a se arrumar para ir trabalhar.

Leonardo, à
parte:
Que vida mais chata! (diz ao colocar a gravata). Acordar cedo, arrumar-se e ir trabalhar... Aproveitar a vida? Claro que não! (relata com uma voz pesada e desanimada, enquanto olha para baixo) Como diz meu pai: O homem tem que ser correto, honesto, trabalhador e seguir os passos de Cristo! (olha para à frente e exclama com uma voz forte) Pura demagogia... Chatice... Eu diria o contrário: (começa a sorrir e falar com empolgação). O Homem deve viver perigosamente, ter muitas namoradas e se divertir bastante! (olha para baixo novamente e relata após um longo suspiro) Ah, estou cansado da minha triste rotina: Fim de semana – igreja. Enquanto na semana toda – (diz com grande ênfase) trabalho. (pergunta a olhar para a igreja) Quando sobra tempo para a curtição, para as festas... Nunca!

Senta-se, reflete por alguns instantes e se levanta furioso. Começa a tirar com impaciente a gravata e o palito, que antes colocara.

Leonardo, com
grande fúria: Sabe de uma coisa, eu não vou trabalhar hoje, nem amanhã... (arranca a gravata com violência e a joga ao chão) Pensando bem, não vou trabalhar mais! É isso, está decidido (começa a dançar e a sorrir). Vou viver... (grita com grande alegria) Vou curtir a vida!

Batem à porta. É Maria, uma das empregadas da casa.

Leonardo,
irritado:
O que é?

Maria: Senhor, o café já foi servido. Seu pai e seu irmão lhe esperam...

Leonardo: (com uma voz de desprezo) Não estou pronto!

Maria: O que devo dizer a eles?

Leonardo: Já vou descer... (aos berros) Agora vá embora e me deixe em paz...

Maria sai em seguida. Leonardo permanece no quarto por alguns instantes a andar de um lado para o outro a falar sozinho. De repente pára, põe a mão no queixo, dá um sorriso sarcástico e, em seguida, sai.

Cena 2

Passa-se na sala. Henrique e seu pai aguardam a Leonardo, ambos sentados no sofá. O pai está a ler um jornal, com uma aparência pacata. Já Henrique está inquieto a olhar para o relógio sem parar.

Henrique, a olhar
para o relógio:
Hoje temos uma reunião importantíssima para o fechamento com aquela firma... Ah, meu Deus! Olha a hora, não podemos chegar atrasados...

Carlos, com a mão
no ombro do filho: Calma, ele já vem!

Entra Leonardo. Ele está desarrumado e cantando com um olhar irônico.

Henrique, a Leonardo
ao se levantar:
(com a voz alterada a lhe mostrar as horas no relógio que está em seu pulso) Você ainda não está pronto?! Sabe que horas são?!

Leonardo, com a mão
no ombro do pai: (com uma voz sarcástica, enquanto mede o irmão de cima à baixo, tentando lhe provocar) Pai, eu preciso falar com você e é a sós...

Henrique: (impaciente) Cheio de histórias... Estamos atrasados e não temos tempo para isso não... (ao olhar para o pai) Pai, desculpe-me, mas eu já vou embora. (respira fundo e com uma voz forte diz) Pelo menos alguém tem que trabalhar aqui...

Sai em seguida a reclamar.

Leonardo, ao sentar-se
ao lado do pai:
Pai, eu cansei... (abaixa a cabeça).

Carlos, ao olhar
para o filho:
Como assim? Do que você está falando?

Leonardo: Pai... (toma fôlego e relata com uma voz vibrante e decidida) É isso que o senhor ouviu... (levanta-se, já com a voz alterada e começa a andar de um lado para o outro) É, cansei dessa vida certinha, de horários, tudo agendado... Eu quero respirar... Eu quero curtir... Eu quero viver... Odeio o que faço e não suporto mais ir à igreja...

Carlos, ao levantar-se: (serenamente) Filho, mas sua vida é tão boa... Não lhe falta nada...

Leonardo: Errado, falta-me tudo. Bem, vamos logo ao ponto. Vejamos, eu quero a minha parte na empresa, também a minha parte dos imóveis...

Carlos: (com um olhar de espanto) Como?

Leonardo: Pai, eu quero que venda tudo o que é meu, por direito. Também quero a minha parte em dinheiro...

Carlos, segurando-lhe
pelo braço:
Filho, mas tudo isso que seu avô e eu construímos foi para um dia entregar ao seu irmão e à você também... É para o futuro...

Leonardo, a se
afastar:
(com uma voz irônica) Quem faz meu futuro sou eu e escolhi viver... Sentir o cheiro da liberdade!

Carlos: Vejo que não há diálogo com você, Leonardo. Está decidido a fazer isso mesmo? Você tem certeza que isso, realmente, o fará feliz?

Leonardo: Já é coisa certa! Há muito tempo tenho pensado nisso e hoje resolvi dar meu grito de liberdade.

Carlos: Só é livre aquele que escolhe o caminho estreito que leva a Cristo. Isso que você deseja é uma vida de escravidão, presa nas garras do mal. Filho, eu te amo muito, mas você já é homem crescido. Ensinei tudo o que aprendi de meu pai à você. Ensinei-lhe a ser honesto e a amar a Deus sobre todas as coisas, mas se você deseja abandonar a cruz de Cristo e correr para os braços do mundo, então nada tenho eu a fazer, somente orar. Não posso lhe amarrar aqui em casa, pois a salvação é individual... Você fez sua escolha e não quer voltar atrás, então, é com muita tristeza que lhe digo: O mundo não é um mar de rosas. Espero que perceba o mal ao qual está a fazer a si mesmo, antes que este o devore... (olha entristecido para baixo, toma fôlego e diz) Está bem, cuidarei que até o fim deste mês você tenha o que deseja.

Carlos abraça o filho e sai em seguida.

Fim do Ato 1

Ato 2

Cena 1

Passa-se na casa de Carlos. Entra Carlos de cabeça baixa trazendo na mão uma maleta. Maria está a arrumar a casa.

Narrador: Um mês se passara, após a decisão tão dura de Leonardo de não apenas abandonar a família e o emprego, mas de abandonar a Deus. O pai, tomado de profunda tristeza, quase não conseguia respirar, tamanha era a dor que trazia em seu peito. Mas, apesar de tudo, tinha fé em Deus e sabia que tudo iria acabar bem, pois tudo coopera para aqueles que amam a Deus.


Carlos, à
Maria:
Por favor, Maria, vai chamar o Leonardo.

Maria: Sim, senhor, com licença.

Sai em seguida. Alguns instantes, depois, retorna juntamente com Leonardo.
Carlos, à
Maria:
Por favor, Maria, pode nos deixar a sós?

Maria: Sim, senhor, com licença.

Sai em seguida.

Leonardo: (com um sorriso no rosto a esfregar as mãos) Então, trouxe o que lhe pedi?

Carlos, entregando-lhe
a maleta:
Filho, aqui está. Nesta maleta está tudo aquilo que você me pediu...

Leonardo: (senta-se no sofá; abre a maleta e confere o que tem na mesma, fecha-a animadamente, e levanta-se em seguida) Beleza!

Carlos: Filho, você tem certeza do que está prestes a fazer? Nós te amamos... Jesus te ama e...

Leonardo: (com uma voz irônica e impaciente) Já sei, já sei... Jesus morreu por mim... É... Sabe, eu fui à escola dominical, forçado... (sai em direção ao seu quarto) Mas, nunca acreditei realmente. (pára, olha novamente para o pai e diz) Aliás, eu não pedi para que morresse por mim... Agora, tchau pai... (dá um grito de empolgação) Liberdade, aí vou eu...

Carlos, a correr
atrás do filho:
Filho, espere... O mundo não é bom... Filho, não vá... Não vá...

Ajoelha-se em prantos. Ora a Deus.

Carlos,
ajoelhado:
(em prantos) Oh, meu Deus, em nome de Seu filho amado Jesus, ao qual se deu, por amor de nós, cuja a presença agora entro. Embora eu seja impuro, o sangue da cruz me torna tão alvo e perfeito aos olhos do Pai. Assim, Senhor, eu lhe peço, humildemente: perdoe o Leonardo e o faça ver que esse caminho, ao qual ele caminha alegremente, só o levará a perdição... Oh, Deus, eu lhe peço... Traga meu filho de volta ao lar... Amém.

Sai em seguida.

Cena 2

Passa-se no quarto de Leonardo. Ele está a arrumar as malas para ir embora.

Leonardo: Vou levar só o necessário... O resto eu compro depois. Agora sou um homem livre e rico...

Confere os documentos.

Leonardo: Passagem, passaporte, identidade, cartão, algum dinheiro... Bem, acho que já posso ir!

Ainda em seu quarto, chama à Maria. Ela vem correndo.

Maria: Sim, senhor. O que desejas?

Leonardo: Chame um táxi para mim!

Maria: Sim, senhor, agora mesmo. Com licença.

Sai em seguida.

Leonardo, ao pegar
as malas:
(empolgado) Vida, aí vou eu!

Sai em seguida.


Cena 3

Passa-se na casa de Carlos. Maria está a arrumar a casa. Entram Carlos e Henrique.

Carlos, à
Maria:
Por favor, Maria, você pode me dizer onde está o Leonardo?

Maria: Ele pediu para que eu chamasse um táxi, mas não sei para aonde foi, não me disse.

Carlos, com um
olhar de tristeza: (pensativo) Mas, já foi... Ele nem se despediu... Obrigado, Maria, pode voltar aos seus afazeres...

Maria: Sim, senhor, agora mesmo. Com licença.

Henrique, aborrecido: É um inconseqüente...

Carlos: (em estado de choque) Mas, já foi... Ele nem se despediu...

Henrique: (com uma risada sarcástica) Pode esperar que, quando acabar o dinheiro ele volta! (vai até junto do pai e coloca uma das mãos em seu ombro) Pai, agora eu tenho que sair... Não fique assim, não, ele não merece suas lágrimas...

Saem em seguida Henrique e Maria. Carlos fica sozinho.

Narrador: A dor de um pai, ao ver seu filho mais jovem, partir sem rumo, para desfrutar de uma vida de falsas verdades, onde só impera a cobiça, o ódio, a mentira, a corrupção e o amor ao dinheiro. Uma vida longe de Deus. Uma vida sem vida.

Carlos, ao olhar
para o alto:
Deus, onde foi que eu errei? Meu filho, meu filho querido... Aonde, aonde ele foi? Onde, onde estará?

Ajoelha-se, em pranto, e ao erguer as mãos para o céu ora.

Carlos, ao olhar
para o alto:
Deus, meu Deus, rogo a ti nesta hora de grande aflição... Senhor, em nome de Seu Filho Amado Jesus, mande um dos seus anjos guardar meu filho, protegê-lo, pois só tu sabes onde ele está. Traga-o de volta ao lar, em segurança, para meus braços. Pai, já perdi minha esposa e agora perco o Leonardo... Creio que não suportarei outra perda! Oh Deus, estou no meio de uma tempestade, mas sei que posso contar contigo, sei que não vou afundar... Amém.

Sai de cena.

Fim do Ato 2

Ato 3

Cena 1


Passa-se numa casa noturna, onde Leonardo bebe e joga com alguns amigos que fizera.

Leonardo: Gente, isso que é vida. Sentado aqui a beber, jogando conversa fora, sem hora para chegar em casa, sem dar satisfação a ninguém...

Gisele: Concordo... Brindemos a liberdade!

Vanessa: Ao amor...

Camila: Ao dinheiro...

Marta: E ao nosso novo amigo Leo...

Leonardo: Brindemos a todos nós, que hoje podemos gozar dessa alegria!

Aproximam-se deles Tadeu, Roberto e Paulo. Com garrafas e copos na mão.

Leonardo: Brindemos amigos! Brindemos a vocês...

Tadeu: Brindemos, sim... Trouxe até mais bebida... Aê, truta, pus na sua conta, firmeza?

Leonardo: Suave... Véio, você nem precisa pedir, meu dinheiro é de todos vocês... Brindemos... Do que serve um homem com dinheiro se não tiver amigos para beber com ele?

Narrador: E assim fora todas as noites, gastando o dinheiro em festas, baladas, bebidas, noitadas e com os falsos amigos, que só queriam usufruir de seu dinheiro. Ele, sem perceber, caminhava para um fim obscuro, que jamais, antes, pudera imaginar passar.

Saem de cena, abraçados a cambalear de um lado para o outro a cantar e a rir sem parar.

Cena 2

Narrador: Meses se passaram até que certa manhã, após voltar do banco, onde fora sacar algum dinheiro, percebera que havia gastado realmente uma fortuna com momentos de falsa alegria e satisfação.

Passa-se numa casa noturna. Entra Leonardo.

Leonardo: (com uma voz trêmula e apavorada) Tudo?! Eu gastei tudo?! E agora? Para onde vou e como vou pagar a minha estadia naquele hotel? (fica um instante pensativo) Meus amigos... Sim, é claro! Meus amigos vão me ajudar. Sei que vão.

Leonardo vai até uma mesa e senta-se, com a cabeça baixa. Aproximam-se dele Tadeu, Roberto e Paulo. Com garrafas e copos nas mãos. Colocam-nas sobre a mesa e o cumprimenta. Logo após, chegam Gisele, Vanessa, Camila e Marta.

Leonardo: (com uma voz deprimente) Oi gente, que bom vê-los aqui...

Paulo: Sim, é claro!

Leonardo: Que bom é ter amigos com quem contar na hora das dificuldades...

Gisele: (abraçando-o) Concordo... E falando nisso, você poderia me emprestar uns 500 reais...

Leonardo: (levantando-se) Mas, Gisele, eu não posso...

Gisele: (empurrando-o) Não pode? Como assim? E esse papo todo de amizade?

Roberto, empurrando
Leonardo:
É, cara, empresta logo e deixa de ser chorão...

Leonardo: Mas, não sou eu quem não quero emprestar é que...

Marta, ao abraçar
Leonardo:
É o quê? Leo, fala, somos seus amigos... Você pode se abrir para gente...

Leonardo: Obrigado, Marta... É que eu gastei tudo. É isso. Gastei tudo, estou falido. Sem nada... Não tenho nem para onde ir, nem sei onde vou dormir essa noite, pois acabou todo o dinheiro que tinha! Amigos, preciso da ajuda de vocês...

Paulo, irritado: Sim, é claro! Gastou tudo, não é... (dando um soco na mesa) Droga, agora quem é que vai pagar toda essa bebida? (dando uma risadinha sarcástica) Eu que não vou ser, Fui...

Sai em seguida.

Tadeu, à
Paulo:
Aê, veio, vai me deixar na mão?!

Tadeu, empurrando
Leonardo:
Tá vendo... Você é um vacilão... Gostou tudo... Me diz veio, quem vai pagar os barato, hein... Droga, cara, você já era...

Leonardo: Como assim?

Tadeu, empurrando
Leonardo:
Você não é mais nosso amigo... Se manda, mané, Vaza, agora! Antes que eu dou um fim me você...

Leonardo: Como assim, Tadeu? Roberto, diga a ele...

Roberto, também
empurrando a Leonardo: Eu não sou amigo de vacilão... E tira meu nome dessa sua boca suja...

Leonardo: Gisela... Marta... Camila... Vanessa...

Suas amigas viram-lhe as costas. Tadeu se aproxima de Leonardo, empurra-o com violência até o lado de fora da casa noturna, com a ajuda de Roberto. Já do lado de fora, agridem-o com socos e chutes. Enquanto isso suas supostas amigas dão risadas. Por fim, cospem nele e vão embora. Leonardo, deitado no chão começa a chorar.

Leonardo: Por quê? Por que fizeram isso? Meus amigos... Meus amigos me abandonaram... O que será de mim? O que será de mim? Estou com tanta fome... Tão cansado... Com tanto frio...

Leonardo, encosta num canto e deita-se.

Leonardo: O que será de mim? O que será de mim?

Fim do Ato 3

Ato 4

Cena 1


Narrador: Muitos meses se passaram até que certa manhã, após não mais agüentar a fome, decidiu procurar comida no lixo. Virara um morador de rua.

Leonardo abre um lixo e come a comida que está lá dentro. Dá-lhe ânsia e acaba por vomitar o que havia comido.

Leonardo, em
prantos:
(ao limpar a boca) Oh, meu Deus... O que eu fiz da minha vida? Como fui tolo em acreditar que encontraria amigos de verdade. Tolo, ao pensar que poderia encontrar felicidade longe de teus braços de amor...

Acaba adormecendo. Entra o Anjo. Este toca em seus ombros e ele acorda. Por estar fraca por causa da fome, o Anjo pega-o pela mão e o levanta. Seca dos olhos as lágrimas, abraça-o e o conduz. Ambos saem em seguida.

Cena 2

Passa-se numa igreja. O Anjo conduz Leonardo até o primeiro banco, este senta-se, mas o Anjo continua em pé, ao seu lado. O Pastor vai até o púlpito e começa a pregar.

Pastor: Amados irmão, graça e paz sejam com todos vós... Abramos nossas bíblias no livro de Lucas 15. 11-32. A igreja se coloque em pé para a leitura da palavra de Deus (lê alguns versículos).

Alguns irmãos se sentam ao lado de Leonardo, e dão-lhe a bíblia para que ele possa acompanhar a leitura, juntamente com o pastor.

Pastor: Amados irmão, podem se assentar. A palavra de Deus nos fala aqui no livro de Lucas sobre a história do filho, ao qual se desgarrou dos braços do pai e fora gozar de uma vida perversa. Há muitos filhos, hoje em dia, que se desprendem de Deus, assim como fizera aquele descrito nas sagradas escrituras. Sendo assim, seduzidos pelo mundo, o qual traga suas vidas. Deixa-os tão cegos que não podem mais ver a beleza de Cristo. Deixa-os tão surdos, que já não mais ouvem a voz do Pai. Mas, nesta noite, eu declaro que o inferno vai falir, pois o filho pródigo vai voltar para casa do Pai. O cego vai enxergar e o surdo vai ouvir cânticos espirituais. Enquanto este louvor está sendo tocado, eu pediria que a igreja intercedesse, pois há uma guerra espiritual nessa noite. Mas, cremos que aquele que está perdido vai encontrar a salvação, pois só há salvação em Cristo Jesus. Quem quer voltar para os braços do Pai e receber, novamente, carinho, amparo e amor... Venha aqui à frente. Jesus te ama.

Leonardo é conduzido até o altar pelo Anjo. Ele se ajoelha, enquanto o Anjo o abraça. Os irmãos vão até a frente e ficam a interceder, um de cada lado.

Pastor: Filho, Deus te recebe hoje de braços abertos. (olha para a igreja) Há festa no céu igreja, por essa vida que regressara a Deus.

O Pastor desce do púlpito e vai ao encontro de Leonardo. Levanto-o e o abraça. Saem em seguida todos a louvar e o Anjo sai por último atrás de todos com as mãos levantadas.

Fim do Ato 4

Ato 5

Cena 1


Esta cena se passa na casa do Pastor.

Pastor: Filho, eu acho que é hora de você se reconciliar com seu pai. Pode ligar para ele. Vou deixá-lo a sós.

Sai em seguida.

Leonardo: (com uma voz fraca e rouca) Alô?! Maria?! Oi, aqui é o Leonardo... Meu pai está? Obrigado. (respira fundo) Pai? Oi, pai... É, sou eu... Agora estou bem... Sim, estou... (começa a chorar) O senhor tinha toda a razão... Estou tão envergonhado... Pai, o mundo é tão sujo, cheio de falsidade, mentira, traição... Eu era feliz e não sabia... Pai, perdi tudo, mas não estou ligando para pedir dinheiro, não. Mas, pra pedir o seu perdão... O senhor me perdoa? Preciso tanto do seu perdão... Pai, obrigado... Eu também te amo... Sim, eu vou voltar... Sim, Pai... Vou pegar o vôo amanhã mesmo... Até mais...

Narrador: O pai perdoara seu filho e ambos se reconciliaram. A aliança quebrada outrora, agora está restaurada. Glória a Deus. O Filho pródigo retornará ao lar.

Entra o Pastor. Abraçam-se. Saem em seguida.

Cena 2

Passa-se no aeroporto. Leonardo vem com sua mala, e de longe seu pai o avista. Correm um ao encontro do outro. Abraçam-se e saem em seguida.

Cena 3

Passa-se na casa de Carlos. Todos estavam a espera de Leonardo. Quando entram, todos batem palmas.

Leonardo: Pai, eu não mereço tanta honra...

Carlos: Meu filho, esta festa é em sua homenagem.

Entra Henrique.

Henrique,
a Carlos:
(aborrecido) Pai, eu trabalho duro, sem faltar um só dia. Obedeço-lhe em tudo e nunca recebi uma homenagem dessa. Mas, ele, que só lhe deu desagrado, você fez uma festa dessas?

Carlos: (abraçando-o) Meu filho, sempre está comigo... Tudo o que é meu, também é seu. Mas este seu irmão estava morto e reviveu; tinha se perdido e fora achado.

Aproxima-se Leonardo e abraça a seu irmão, pede-lhe perdão. O pai abraça a ambos.

Fim do Ato 5

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